quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MotherFuckerComics #9 – Grandes Astros Superman



                Olá amiguinhos. Depois de um hiato causado pela ressaca e diarréia tipicamente natalinas, voltamos às atividades com um clássico dos quadrinhos modernos: Grandes Astros Superman, da dupla Grant Morrison e Frank Quitely.
                No inicio dos anos 2000, a Marvel Comics criou a linha Ultimate, que contava uma nova origem de seus personagens mais emblemáticos, como Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Vingadores, X-Men, dentre outros. Com o sucesso dessa empreitada, todos ficaram no aguardo da resposta da DC Comics a esse projeto, mas essa resposta só viria em 2006, com a criação da linha All-Stars. Diferente da proposta da Marvel, a linha All-Stars não queria recontar a história de ninguém, mas simplesmente contar boas histórias dos ícones da DC, sem se preocupar com décadas de cronologia. Para começar a parada, a DC chamou pra brincadeira quatro pesos-pesados dos quadrinhos: Frank Miller e Jim Lee, para cuidar do titulo Super Astros Batman e Robin, e Grant Morrison e Frank Quitely, ambos a frente da Grandes Astros Superman.

                A revista do Batman não vale merda. Eu nem deveria comentar, mas vai lá! É um dos piores roteiros do Frank Miller. Eu nunca fui fã do cara, acho que ele é um grande farsante, que só escreveu duas histórias realmente bacanas até hoje, Batman Ano Um e Demolidor, A Queda de Murdock. A história é toda atropelada, basicamente Miller diz que o Batman é louco, que todo mundo acha que ele é louco, que até ele se acha louco, e mais nada. O cara ganha a chance de escrever a história que ele quiser do Batman, do jeito que ele quiser, de fazer uma parada épica, e faz uma cagada dessas. E depois nego ainda quer que eu curta esse Zé ruela. Pra não dizer que tudo é uma merda, os desenhos do Jim Lee estão muito bacanas. É uma das melhores narrativas dele, e olha que eu nem sou fã do cara. Mas vamos deixar essa bosta de lado e falar do que interessa, a história do Super.
                Grant Morrison ficou conhecido por suas histórias mais viajadas, como na revista do Homem-Animal, para a DC, e também em Os Invisíveis, para a Vertigo. Inclusive, essa série é citada como referência para a criação de Matrix, levando Morrison a processar os irmãos Wachowski pela falta de créditos, embora o processo tenha sido retirado antes da ação terminar. Mas o cara já tinha escritos algumas histórias do Superman e, principalmente da LJA, muitas delas em parceria com Quitely, que também já desenhou uma cacetada de histórias para a DC. Então, natural que as expectativas dos fãs para esse titulo fossem altíssimas. E graças a Santa Hebe do SBT, elas foram atendidas.

                A história começa com o Superman indo resolver uma bronca no Sol, armada pelo careca mais cagão da face da terra (não, não é o Hellbolha), Lex Luthor. Claro que o Super resolve o problema, mas ele acaba sendo infectado por uma espécie de câncer, e fica com os dias contados. A partir daí, o cara começa a correr atrás do prejuízo, tanto pra encontrar uma cura, quanto pra acertar as contas com o passado. E aqui vemos em apenas 12 edições, um pouco de tudo que tornou o Superman a lenda que ele é hoje: seus pais, Lois Lane, a galera do Planeta Diário, vilões clássicos como Bizarro e Mr. Prinxxlzsefjg (nunca aprendi a escrever o nome desse puto), a Fortaleza da Solidão, Kandor, a Cidade Engarrafada, e outros elementos da mítica do Superman. Um dos pontos legais da história é ver como Morrison pensou nesses elementos, e em como Quitely os visualizou. No fim da história, vemos um Superman à altura de sua história, criada por uma dupla de garotos em 1938, e que faz parte do imaginário de outros tantos desde então.
                  Essa história foi publicada aqui entre 2006 e 2007, em 12 edições, como nos EUA, em um trabalho bem bacana. Recentemente, a Panini a relançou em um encadernado, com alguns extras, por 80 Mangos. Eu não vi a edição encadernada, mas sou meio cabreiro com esses extras da Panini. Quando eu escrever a resenha sobre a Liga Extraordinária, vocês vão entender o porquê. Porém, tanto o encadernado, quanto as edições avulsas, custam mais ou menos o mesmo preço hoje em dia, mas vale dar uma bela garimpada para encontrá-la mais em conta.

                No fim das contas, Grandes Astros Superman, além de uma história sensacional (vencedora, inclusive, do Eisner Award, maior premiação dos quadrinhos nos EUA), é uma grande homenagem a esse personagem mítico, que, gostem ou não, é o super-herói mais conhecido ao redor do globo. Pena que a linha All-Stars tenha sido encerrada com apenas esses dois títulos, já que a DC tem estrelas suficientes para criar histórias tão boas quanto essa. Basta apenas ignorar a existência de Frank Miller, e chamar um roteirista que preste. E tenho dito.

4 comentários:

  1. Muito foda All-star Superman, um dos melhores do Morrison e foi a unica vez que curti o traço do Quirtely

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    1. Lembro quando vi o traço do Quitely pela primeira vez, em X-Men! Achava bizarro todo mundo fazendo biquinho o tempo todo, parecendo piriguete em foto na frente do espelho! E o Wolverine dele parecia o Sidney Magal! Credo...
      Mas acabei gostando do traço dele nas 4 edições de Batman e Robin (além de All Star Superman, claro!)!

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  2. O Miller também arrebentou naquele arco antigo do Demolidor, onde rolou a morte da Elektra. Aquilo é muito bom. Hoje nem quero imaginar o que esse gagá esta fazendo.

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    1. Provavelmente uma história com o Batman que não é o Batman tentando destruir qualquer coisa esquerdista...

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