Olá
amiguinhos. Depois de um hiato causado pela ressaca e diarréia tipicamente
natalinas, voltamos às atividades com um clássico dos quadrinhos modernos: Grandes
Astros Superman, da dupla Grant Morrison e Frank Quitely.
No
inicio dos anos 2000, a Marvel Comics criou a linha Ultimate, que contava uma
nova origem de seus personagens mais emblemáticos, como Homem-Aranha, Quarteto
Fantástico, Vingadores, X-Men, dentre outros. Com o sucesso dessa empreitada,
todos ficaram no aguardo da resposta da DC Comics a esse projeto, mas essa
resposta só viria em 2006, com a criação da linha All-Stars. Diferente da
proposta da Marvel, a linha All-Stars não queria recontar a história de
ninguém, mas simplesmente contar boas histórias dos ícones da DC, sem se
preocupar com décadas de cronologia. Para começar a parada, a DC chamou pra
brincadeira quatro pesos-pesados dos quadrinhos: Frank Miller e Jim Lee, para
cuidar do titulo Super Astros Batman e Robin, e Grant Morrison e Frank Quitely,
ambos a frente da Grandes Astros Superman.
A
revista do Batman não vale merda. Eu nem deveria comentar, mas vai lá! É um dos
piores roteiros do Frank Miller. Eu nunca fui fã do cara, acho que ele é um
grande farsante, que só escreveu duas histórias realmente bacanas até hoje,
Batman Ano Um e Demolidor, A Queda de Murdock. A história é toda atropelada,
basicamente Miller diz que o Batman é louco, que todo mundo acha que ele é
louco, que até ele se acha louco, e mais nada. O cara ganha a chance de
escrever a história que ele quiser do Batman, do jeito que ele quiser, de fazer
uma parada épica, e faz uma cagada dessas. E depois nego ainda quer que eu
curta esse Zé ruela. Pra não dizer que tudo é uma merda, os desenhos do Jim Lee
estão muito bacanas. É uma das melhores narrativas dele, e olha que eu nem sou
fã do cara. Mas vamos deixar essa bosta de lado e falar do que interessa, a
história do Super.
Grant
Morrison ficou conhecido por suas histórias mais viajadas, como na revista do
Homem-Animal, para a DC, e também em Os Invisíveis, para a Vertigo. Inclusive,
essa série é citada como referência para a criação de Matrix, levando Morrison
a processar os irmãos Wachowski pela falta de créditos, embora o processo tenha
sido retirado antes da ação terminar. Mas o cara já tinha escritos algumas
histórias do Superman e, principalmente da LJA, muitas delas em parceria com
Quitely, que também já desenhou uma cacetada de histórias para a DC. Então,
natural que as expectativas dos fãs para esse titulo fossem altíssimas. E
graças a Santa Hebe do SBT, elas foram atendidas.
A
história começa com o Superman indo resolver uma bronca no Sol, armada pelo
careca mais cagão da face da terra (não, não é o Hellbolha), Lex Luthor. Claro
que o Super resolve o problema, mas ele acaba sendo infectado por uma espécie
de câncer, e fica com os dias contados. A partir daí, o cara começa a correr
atrás do prejuízo, tanto pra encontrar uma cura, quanto pra acertar as contas
com o passado. E aqui vemos em apenas 12 edições, um pouco de tudo que tornou o
Superman a lenda que ele é hoje: seus pais, Lois Lane, a galera do Planeta Diário,
vilões clássicos como Bizarro e Mr. Prinxxlzsefjg (nunca aprendi a escrever o
nome desse puto), a Fortaleza da Solidão, Kandor, a Cidade Engarrafada, e
outros elementos da mítica do Superman. Um dos pontos legais da história é ver
como Morrison pensou nesses elementos, e em como Quitely os visualizou. No fim
da história, vemos um Superman à altura de sua história, criada por uma dupla
de garotos em 1938, e que faz parte do imaginário de outros tantos desde então.
Essa história foi publicada aqui entre 2006 e
2007, em 12 edições, como nos EUA, em um trabalho bem bacana. Recentemente, a
Panini a relançou em um encadernado, com alguns extras, por 80 Mangos. Eu não
vi a edição encadernada, mas sou meio cabreiro com esses extras da Panini.
Quando eu escrever a resenha sobre a Liga Extraordinária, vocês vão entender o porquê.
Porém, tanto o encadernado, quanto as edições avulsas, custam mais ou menos o
mesmo preço hoje em dia, mas vale dar uma bela garimpada para encontrá-la mais
em conta.
No
fim das contas, Grandes Astros Superman, além de uma história sensacional (vencedora,
inclusive, do Eisner Award, maior premiação dos quadrinhos nos EUA), é uma
grande homenagem a esse personagem mítico, que, gostem ou não, é o super-herói
mais conhecido ao redor do globo. Pena que a linha All-Stars tenha sido
encerrada com apenas esses dois títulos, já que a DC tem estrelas suficientes
para criar histórias tão boas quanto essa. Basta apenas ignorar a existência de
Frank Miller, e chamar um roteirista que preste. E tenho dito.
Muito foda All-star Superman, um dos melhores do Morrison e foi a unica vez que curti o traço do Quirtely
ResponderExcluirLembro quando vi o traço do Quitely pela primeira vez, em X-Men! Achava bizarro todo mundo fazendo biquinho o tempo todo, parecendo piriguete em foto na frente do espelho! E o Wolverine dele parecia o Sidney Magal! Credo...
ExcluirMas acabei gostando do traço dele nas 4 edições de Batman e Robin (além de All Star Superman, claro!)!
O Miller também arrebentou naquele arco antigo do Demolidor, onde rolou a morte da Elektra. Aquilo é muito bom. Hoje nem quero imaginar o que esse gagá esta fazendo.
ResponderExcluirProvavelmente uma história com o Batman que não é o Batman tentando destruir qualquer coisa esquerdista...
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