Olá pessoinhas!Atendendo a
inúmeros pedidos (dois, na verdade! E da mesma pessoa), e percebendo que eu
nunca vou virar um dizainer mesmo, resolvi tentar a fama da maneira mais fácil
e suja: escrevendo idiotices na net. E pra celebrar meu retorno triunfal (nem
tanto), vou falar de uma das melhores histórias policiais da atualidade: Criminal,
de Ed Brubaker e Sean Phillips.
COVARDE É A MÃE!!!
O 1º
volume de Criminal, que agrupa as edições #1 a #5 da série original, que
equivale ao arco Covarde, foi lançada aqui em 2010, pela Panini.
A
edição é bacana, o que nem sempre é comum nos encadernados da Panini. A merda
da história é a edição ser capa dura, o que joga o preço lá em cima!Em média,
você encontra por 40 dinheiros, o que não é pouca grana, principalmente levando
em conta que o brasileiro comum é meio liso, e leitor de quadrinhos é mais liso
ainda, então multiplique falta de dinheiro por dois. Meu amigo e chefe Hellboy
já disse aqui da fuleragem da Panini com essas edições capa dura, mas nunca é
demais lembrar! Porque edições como as do Justiceiro, e a série Sandman
Apresenta, tem um preço médio de 20 pilas, enquanto outras custam de 50 pra
cima? Qual o critério pra botar preço nessa bagaça? Séries bacanas, como DMZ (bizarramente
traduzida para ZDM) ou a própria Criminal, que poderiam alcançar um público
muito maior, caso tivessem uma edição com capa cartonada, ficam encalhadas em
livrarias, graças ao conhecimento de merda que a Panini tem do seu público!
Abre o olho, Panini!
A HISTÓRIA
Leo
Patterson é um batedor de carteiras de primeira linha! Filho de um batedor,
criado por um batedor, crescendo com batedores, é difícil pensar que esse puto
pudesse fazer outra coisa. Porém, Leo tem uma particularidade em relação a seus
colegas de ofício. Ele não comete grandes crimes, e todo risco que corre é
friamente calculado. Por causa disso, e pra não deixar passar a chance do
bullyng, todos o chamam de covarde, embora essa “covardia” se deva ao fato de
que seu pai acabou preso, e ele não queria acabar do mesmo jeito. Mas será que
a história é mesmo tão simples assim?
Seymour,
outro criminoso, aparece com Jeff, um policial corrupto, propondo a ele
participar do roubo de cinco milhões de dólares em diamantes. De inicio ele
recusa, mas Seymour manda Greta, viúva de um amigo de Leo que morreu no último
esquema que eles tinham participado com Seymour, falar com Leo, pra convencê-lo
a entrar na parada. E claro, o cabaço entra.
A
partir daqui começa a história pra valer. Mentiras, trapaças, romances
furtivos, tudo que se espera de uma boa HQ policial, você encontra em Criminal.
Mas, embora possa parecer que é tudo um clichê, não é bem assim que acontece. A
história é cheia de reviravoltas, quem era legal fica escroto, quem era escroto
fica legal, e coisas que você não espera que aconteçam, acontece. Melhor não me
estender, pra não dar nenhum spoiler.
Outro
ponto bacana da história é a arte. Os desenhos de Sean Phillips, que é mais
conhecido por seu trabalho em Marvel Zumbis (MEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERDA),
aliados as cores de Val Staples (que eu reconheço, nunca tinha ouvido falar),
dão o clima noir que a história precisa. Os enquadramentos, a narrativa, o
desenho sujo, fazem com que Criminal acerte na mosca.
Por
essas e outras, garotinhos e garotinhas, é que eu recomendo muito Criminal –
Covarde, uma excelente história policial, como há tempos não se via. A Panini
também lançou o 2º volume da série, Lawless, que, ao que tudo indica, foca na
história de alguns personagens que são apenas citados em Covarde. Eu ainda não
li, já que só a Panini acha que eu tenho mais 40 contos pra torrar assim, do
nada. Mesmo assim, se você tem, gaste, pois Criminal é nota 10 em quadrinhos
bacanudos!E tenho dito!
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