Marvels
Olá
pessoas de meu Brasil varonil, hoje vou falar sobre a mais emblemática história
em quadrinhos dos maus anos 90: Marvels, de Kurt Busiek e Alex Ross.
Se você
nunca ouviu falar dessa história, ou você é muito novo, ou muito prego. Entre
1994 e 1995, Marvels foi a HQ mais comentada (eu estava lá, cara! Eu vi tudo!),
no mundo do entretenimento, gerando várias matérias na finada revista Herói,
que era a cara da riqueza da época. Pois bem, vamos falar mais um pouco desse crássico
(com r mesmo) da nona arte.
De ilustres desconhecidos para a
glória mundial
Naquela
época, tanto Busiek quanto Ross eram desconhecidos do grande público, e Marvels
catapultou-os ao estrelato. Embora quase sempre Marvels seja lembrada apenas
pela arte estonteante de Ross, o roteiro de Busiek ajudou a transformar Marvels
no que ela realmente é, uma grande história em quadrinhos. Aos poucos, essa
injustiça vem sendo corrigida, com Kurt ganhando cada vez mais credito, embora
nem chegue perto do sucesso de Alex Ross, considerado quase um Deus no mundo
dos quadrinhos. Mas vamos ao que interessa, do que é que fala essa tal de
Marvels mesmo?
A História
Phil
Sheldon é um jovem repórter fotográfico em Nova York, no inicio da 2ª Guerra
Mundial. Seu objetivo é conseguir ser enviado para a Europa, para cobrir a
guerra de lá, já que ela ainda não tinha chegado aos EUA. Porém, ao assistir a
uma apresentação do Dr. Phineas T. Horton, ele tem uma grande surpresa. Horton
faz a primeira aparição pública do Tocha Humana, um andróide que pode inflar-se
em chamas. Embora a maioria dos repórteres presentes fiquem chocados e façam
campanha para Horton destruir o andróide, Sheldon fica muito mais intrigado do que
temeroso com aquilo.
Quando
tudo parecia resolvido, o Tocha Humana reaparece e quebra o pau com Namor, o príncipe
submarino, e o povo volta a ficar assustado. Mas, quando os dois resolvem a
treta e ficam amiguinhos, o povo começa a adorar as “maravilhas” (nome com que
Sheldon batiza os super seres).
O mais
legal da história é ver o surgimento de heróis que a gente conhece há tanto tempo,
como o Capitão América, herói na 2ª guerra, os Vingadores na década de 60, o
Quarteto Fantástico, tendo uma cobertura impressionante do casamento de Reed e Sue,
afinal de contas, quem poderia pensar em uma celebridade melhor do que alguém
com super poderes? Também vemos a perseguição aos mutantes, que ao contrário
das Maravilhas, são considerados uma ameaça. Isso porque os mutantes são na
verdade seres humanos com mutações, o que muitos entendiam como o próximo passo
evolutivo, e o começo do fim da raça humana. Também vemos o começo da saga do
Homem-Aranha, e testemunhamos alguns dos momentos mais trágicos de sua história.
Também é interessante notar como a opinião pública muda em relação às
maravilhas. Uma hora elas são nossa ultima esperança, como no ataque de
Galactus e do Surfista Prateado a terra. Logo depois de sermos salvos, o povo
começa a especular se aquilo tudo não foi só uma armação (bem parecido com o
que acontece com políticos e celebridades, em nosso tempo).
O olhar
do cidadão comum, o repórter Phil Sheldon, se transforma no olhar do leitor,
que acompanha o aparecimento, o apogeu, e a queda de algumas dessas maravilhas.
Nesse ponto, Marvels não seria tão perfeita sem a arte de Alex Ross. Seus
desenhos que mais parecem pinturas (na verdade são) trazem um ar de realidade
para a história. É como se aqueles personagens ganhassem vida perante nossos
olhos. Isso aliado a história super sensível que Busiek escreveu, fazem de
Marvels leitura obrigatória pra todos aqueles que gostam do gênero de super-heróis.
Marvels
foi publicada em 1995 pela editora Abril, numa edição muito bacana, com
sobrecapa de acetato e tudo, e depois pela Panini num encadernado em 2000 e
alguma coisa. Esse encadernado da Panini vem com alguns extras e com Marvels
Zero, que seria um prólogo da história. É bacana, mas não chega a prejudicar
quem leu a história da Abril. De qualquer forma, qualquer que seja a edição,
Marvels é um trabalho que vale a pena ter na prateleira. Seja pra deixar de
herança para os filhos, ou simplesmente para quando você quiser lembrar-se de
quando os gigantes começaram a caminhar sobre a Terra.
Cara gostei do teu blog e vi q tu gosta de escrever post, coisa que no meu estamos de saco cheio de fazer... vc ñ quer escrever lá no meu blog n? estamos com vagas para redatores lá
ResponderExcluirhttp://nerdsupremos.blogspot.com.br/
abs
Oi Max,olha,eu escrevo só os posts sobre quadrinhos,os demais são do Hellboy.Infelizmente não tenho como escrever em outro lugar agora,pois tô com muita coisa junta pra fazer,mas futuramente,quem sabe!De qualquer maneira,valeu pelo convite,e parabéns pelo blog,tá bem bacana!
ExcluirAbs