terça-feira, 13 de novembro de 2012

MotherFuckerComics #4




Marvels

                Olá pessoas de meu Brasil varonil, hoje vou falar sobre a mais emblemática história em quadrinhos dos maus anos 90: Marvels, de Kurt Busiek e Alex Ross.
                Se você nunca ouviu falar dessa história, ou você é muito novo, ou muito prego. Entre 1994 e 1995, Marvels foi a HQ mais comentada (eu estava lá, cara! Eu vi tudo!), no mundo do entretenimento, gerando várias matérias na finada revista Herói, que era a cara da riqueza da época. Pois bem, vamos falar mais um pouco desse crássico (com r mesmo) da nona arte.

De ilustres desconhecidos para a glória mundial


              Naquela época, tanto Busiek quanto Ross eram desconhecidos do grande público, e Marvels catapultou-os ao estrelato. Embora quase sempre Marvels seja lembrada apenas pela arte estonteante de Ross, o roteiro de Busiek ajudou a transformar Marvels no que ela realmente é, uma grande história em quadrinhos. Aos poucos, essa injustiça vem sendo corrigida, com Kurt ganhando cada vez mais credito, embora nem chegue perto do sucesso de Alex Ross, considerado quase um Deus no mundo dos quadrinhos. Mas vamos ao que interessa, do que é que fala essa tal de Marvels mesmo?

A História

                Phil Sheldon é um jovem repórter fotográfico em Nova York, no inicio da 2ª Guerra Mundial. Seu objetivo é conseguir ser enviado para a Europa, para cobrir a guerra de lá, já que ela ainda não tinha chegado aos EUA. Porém, ao assistir a uma apresentação do Dr. Phineas T. Horton, ele tem uma grande surpresa. Horton faz a primeira aparição pública do Tocha Humana, um andróide que pode inflar-se em chamas. Embora a maioria dos repórteres presentes fiquem chocados e façam campanha para Horton destruir o andróide, Sheldon fica muito mais intrigado do que temeroso com aquilo.
                Quando tudo parecia resolvido, o Tocha Humana reaparece e quebra o pau com Namor, o príncipe submarino, e o povo volta a ficar assustado. Mas, quando os dois resolvem a treta e ficam amiguinhos, o povo começa a adorar as “maravilhas” (nome com que Sheldon batiza os super seres).
                O mais legal da história é ver o surgimento de heróis que a gente conhece há tanto tempo, como o Capitão América, herói na 2ª guerra, os Vingadores na década de 60, o Quarteto Fantástico, tendo uma cobertura impressionante do casamento de Reed e Sue, afinal de contas, quem poderia pensar em uma celebridade melhor do que alguém com super poderes? Também vemos a perseguição aos mutantes, que ao contrário das Maravilhas, são considerados uma ameaça. Isso porque os mutantes são na verdade seres humanos com mutações, o que muitos entendiam como o próximo passo evolutivo, e o começo do fim da raça humana. Também vemos o começo da saga do Homem-Aranha, e testemunhamos alguns dos momentos mais trágicos de sua história. Também é interessante notar como a opinião pública muda em relação às maravilhas. Uma hora elas são nossa ultima esperança, como no ataque de Galactus e do Surfista Prateado a terra. Logo depois de sermos salvos, o povo começa a especular se aquilo tudo não foi só uma armação (bem parecido com o que acontece com políticos e celebridades, em nosso tempo).


                O olhar do cidadão comum, o repórter Phil Sheldon, se transforma no olhar do leitor, que acompanha o aparecimento, o apogeu, e a queda de algumas dessas maravilhas. Nesse ponto, Marvels não seria tão perfeita sem a arte de Alex Ross. Seus desenhos que mais parecem pinturas (na verdade são) trazem um ar de realidade para a história. É como se aqueles personagens ganhassem vida perante nossos olhos. Isso aliado a história super sensível que Busiek escreveu, fazem de Marvels leitura obrigatória pra todos aqueles que gostam do gênero de super-heróis.
                Marvels foi publicada em 1995 pela editora Abril, numa edição muito bacana, com sobrecapa de acetato e tudo, e depois pela Panini num encadernado em 2000 e alguma coisa. Esse encadernado da Panini vem com alguns extras e com Marvels Zero, que seria um prólogo da história. É bacana, mas não chega a prejudicar quem leu a história da Abril. De qualquer forma, qualquer que seja a edição, Marvels é um trabalho que vale a pena ter na prateleira. Seja pra deixar de herança para os filhos, ou simplesmente para quando você quiser lembrar-se de quando os gigantes começaram a caminhar sobre a Terra.

2 comentários:

  1. Cara gostei do teu blog e vi q tu gosta de escrever post, coisa que no meu estamos de saco cheio de fazer... vc ñ quer escrever lá no meu blog n? estamos com vagas para redatores lá

    http://nerdsupremos.blogspot.com.br/

    abs

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    1. Oi Max,olha,eu escrevo só os posts sobre quadrinhos,os demais são do Hellboy.Infelizmente não tenho como escrever em outro lugar agora,pois tô com muita coisa junta pra fazer,mas futuramente,quem sabe!De qualquer maneira,valeu pelo convite,e parabéns pelo blog,tá bem bacana!
      Abs

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