Fell – A Cidade Brutal
Olá
little boys and little girls, hoje falaremos aqui de uma das mais bacanas (e
desconhecidas) HQ’s daquele que é, em minha opinião de merda, o melhor
roteirista de quadrinhos da atualidade: Warren “tem dinheiro me chama que eu
vou” Ellis, Fell – A Cidade Brutal.
Os nomes por trás da história
Warren
Ellis é mais um escritor muito foda que vem da Grã-Bretanha. Porque cargas d’água
nasce tanto escritor foda por lá,talvez só a Rainha saiba. Ellis começou com um
projeto autoral chamado “Lazarus Churchyard”, mas ganhou fama quando passou a
escrever as histórias do “Excalibur”, os X-Men da Inglaterra, para a Marvel.
Porém, foi quando passou para o selo Wildstorm, que ele cravou seu nome
definitivamente na história, criando as séries “Planetary”(que eu ainda falarei)
e “Authority”, consideradas marcos dos super-heróis modernos. Atualmente, Ellis
tem escrito uma porrada de coisas para editoras menores, principalmente a
Avatar Press, e foi em uma dessas pequenas que ele publicou Fell.
Já Ben Templesmith
é um artista comercial, que faz mais trabalhos para publicidade. Seus trabalhos
com quadrinhos mais conhecidos são as graphic novels da série “30 Dias de Noite”,
escritas por Steve Niles, e Fell, que eu falarei agora.
A História
Publicada
de maneira quase despercebida por aqui em 2008, pela Editora Landscape, Fell
não atraiu grande atenção do público brasileiro. Difícil é entender o porquê disso,
já que a história é ótima e desenhada (ou pintada, se preferir) muitíssimo bem
pelo Ben Templesmith.
Richard
Fell é um detetive de policia que foi transferido pra Snowtown, do outro lado
da ponte. Se você achava Gotham City o lugar mais nojento do mundo dos quadrinhos
(eu achava), vale a pena dar uma olhada em Snowtown. Todo tipo de gente bizarra
e escrota circula livremente por lá. Na delegacia do Tenente Beard, só existem
3 ou 4 policiais, sendo que um deles é paraplégico. A cidade é toda pixada,
obscura, fedorenta e deplorável, o que segundo Fell, pode ser bom, já que é um ótimo
lugar pra subir na carreira.
Os
criminosos de Snowtown também são de causar asco em qualquer um. Um louco mata
grávidas para arrancar-lhes o feto, já que segundo ele isso dá sorte. Uma
velhinha sinistra vendedora de armas. Um pedófilo que injeta merda (no
verdadeiro sentido da palavra) em uma menina, dentre outros. Se tudo isso
viesse apenas escrito, já seria uma história e tanto, mas a arte de Templesmith
consegue elevar o nível absurdamente. Seus desenhos parecem flutuar de página
pra página, fazendo com que Snowtown fique viva perante seus olhos. Outro ponto
bacana dessa história, é que ela foge dos clichês de histórias policiais. Fell
é um bom detetive, mas não é perfeito. O cara faz suas cagadas, e precisa
conviver com a culpa decorrente disso. E os coadjuvantes da história têm
personalidade, como Mayko, a dona do bar, e não servem apenas para complementar
a história, eles têm as suas próprias.
A
edição da Ed Landscape é bem bacana, com verniz na capa, papel couchê, textos
explicativos da obra e tudo mais (tá vendo, Panini! Não é tão difícil). Resta
torcer pra que seja lançado logo o volume 2, já que essa edição tem as 8
histórias que formam o volume 1.
Fell –
A Cidade Brutal é altamente recomendada, meus amigos, pela união perfeita entre
um grande roteiro e uma grande arte. Além do mais, vale a pena conhecer
Snowtown. Como diriam os Racionais, “O mundo é diferente da ponte pra cá”. Mas
é um mundo que não se pode esquecer. Nunca.
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