segunda-feira, 5 de novembro de 2012

MotherFuckerComics #3










 



Fell – A Cidade Brutal
                Olá little boys and little girls, hoje falaremos aqui de uma das mais bacanas (e desconhecidas) HQ’s daquele que é, em minha opinião de merda, o melhor roteirista de quadrinhos da atualidade: Warren “tem dinheiro me chama que eu vou” Ellis, Fell – A Cidade Brutal.
Os nomes por trás da história
                Warren Ellis é mais um escritor muito foda que vem da Grã-Bretanha. Porque cargas d’água nasce tanto escritor foda por lá,talvez só a Rainha saiba. Ellis começou com um projeto autoral chamado “Lazarus Churchyard”, mas ganhou fama quando passou a escrever as histórias do “Excalibur”, os X-Men da Inglaterra, para a Marvel. Porém, foi quando passou para o selo Wildstorm, que ele cravou seu nome definitivamente na história, criando as séries “Planetary”(que eu ainda falarei) e “Authority”, consideradas marcos dos super-heróis modernos. Atualmente, Ellis tem escrito uma porrada de coisas para editoras menores, principalmente a Avatar Press, e foi em uma dessas pequenas que ele publicou Fell.
                Já Ben Templesmith é um artista comercial, que faz mais trabalhos para publicidade. Seus trabalhos com quadrinhos mais conhecidos são as graphic novels da série “30 Dias de Noite”, escritas por Steve Niles, e Fell, que eu falarei agora.
 
                            
A História
                Publicada de maneira quase despercebida por aqui em 2008, pela Editora Landscape, Fell não atraiu grande atenção do público brasileiro. Difícil é entender o porquê disso, já que a história é ótima e desenhada (ou pintada, se preferir) muitíssimo bem pelo Ben Templesmith.
                Richard Fell é um detetive de policia que foi transferido pra Snowtown, do outro lado da ponte. Se você achava Gotham City o lugar mais nojento do mundo dos quadrinhos (eu achava), vale a pena dar uma olhada em Snowtown. Todo tipo de gente bizarra e escrota circula livremente por lá. Na delegacia do Tenente Beard, só existem 3 ou 4 policiais, sendo que um deles é paraplégico. A cidade é toda pixada, obscura, fedorenta e deplorável, o que segundo Fell, pode ser bom, já que é um ótimo lugar pra subir na carreira.
                      
                Os criminosos de Snowtown também são de causar asco em qualquer um. Um louco mata grávidas para arrancar-lhes o feto, já que segundo ele isso dá sorte. Uma velhinha sinistra vendedora de armas. Um pedófilo que injeta merda (no verdadeiro sentido da palavra) em uma menina, dentre outros. Se tudo isso viesse apenas escrito, já seria uma história e tanto, mas a arte de Templesmith consegue elevar o nível absurdamente. Seus desenhos parecem flutuar de página pra página, fazendo com que Snowtown fique viva perante seus olhos. Outro ponto bacana dessa história, é que ela foge dos clichês de histórias policiais. Fell é um bom detetive, mas não é perfeito. O cara faz suas cagadas, e precisa conviver com a culpa decorrente disso. E os coadjuvantes da história têm personalidade, como Mayko, a dona do bar, e não servem apenas para complementar a história, eles têm as suas próprias.
                A edição da Ed Landscape é bem bacana, com verniz na capa, papel couchê, textos explicativos da obra e tudo mais (tá vendo, Panini! Não é tão difícil). Resta torcer pra que seja lançado logo o volume 2, já que essa edição tem as 8 histórias que formam o volume 1.
                Fell – A Cidade Brutal é altamente recomendada, meus amigos, pela união perfeita entre um grande roteiro e uma grande arte. Além do mais, vale a pena conhecer Snowtown. Como diriam os Racionais, “O mundo é diferente da ponte pra cá”. Mas é um mundo que não se pode esquecer. Nunca.
               
   

Um comentário:

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